08/04/2012

Sou essa palavra


Sou essa palavra sem freio, 
Sou devaneio,
 Alegria sem paradeiro,
Poeta sem lar. 
Sou a voz inconstante,
 Um itinerante,
 Que em mares distantes, 
Resolveu navegar.
 Sou a tempestade, 
Sou a pura maldade, 
No beijo roubado, 
Ao renegar meu olhar.
 Sou a serpente,
 O veneno iminente,
 O corpo ardente, 
No calor desse mar. 
Sou a ignorância,
 A frágil criança, 
Quando perco a vontade, 
De me erguer, 
De lutar.
 Sou a verdade,
 A sinceridade,
 Na flecha que invade,
 Quando quero falar.
 Sou o amigo, 
O doce castigo, 
Um ombro, 
Um abrigo, 
Quando o chão vem faltar.
 Sou a semente, 
Que a pedra se prende,
 E com o tempo aprende,
 A se sustentar

μαπclει

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