18/05/2010

À espera de nada,

À espera de nada,

cansado dos dias sem alvorada,
cansado da noite que espera sentada
e que teima em não passar.

Cansado de mim, visto-me de Mar,
de onda que vai insegura
e se entrega sem qualquer jura,
na terra que quer Amar!

Do vento vestido,
de tule comprido,
me esvoaçam gaivotas.

Na espera do nada,
a noite cansada,
tomba-me nos braços...

enfim alvorada!

Faço do Sol os meus passos,
esplendorosa a caminhada,
na carta escrita a compassos,
labirinto da minha Amada,

escrevo a sal,
o beijo molhado,
Mar de beijo enrolado.

...Na ânsia dos lábios que não alcança...

0 comentários:

Previous Post Next Post Back to Top