11/07/2010
A HORA
Add ** CECEU** em domingo, julho 11, 2010

A HORA
Não conhecíamos a hora do adeus,
mas o tempo da verdade dói
para qualquer recordação.
Vamos viver hoje
e desejar por um amanha,
pelo nosso tempo e lugar no mundo...
Os caminhos separam-se,
o que se ira perder?
As memorias afastam-se,
o que fica por dizer?
Pergunto-me se podíamos ter enfrentado
e vencido o destino
nas suas batalhas de raciocínio e ciência;
razão desconhecida e certeza da incerteza
é um querer garantir
mas terminar sempre em promessa.
O tempo em desfecho
(o tempo que ainda temos)
compõe histórias e lembranças que nunca tivemos
guardadas pelo silencio
de lugares que nunca compreendemos
e que não quisemos aceitar;
com esse fado aqui estamos em despedida,
já não somos quem fomos,
há um mundo invisível e mudo
quando os nossos olhares se cruzam:
não se revela, não se traduz, não se deixa explicar,
definir é limitar...
Não conhecíamos a hora do adeus,
mas a verdade dói
para qualquer despedida
e lugar no mundo...
Assim espero pelo retornar,
há histórias que merecem um final, mas definir é limitar...
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