03/03/2016

Perdido no silencio da cidade









"Perdido no silencio da cidade, deambulo por entre ruas estreitas, mil portas fechadas...
Candeeiros de luz ténue, e eu continuo sem abrigo, desprotegido, mas caminho sem o mostrar!
A cidade dorme, eu não tenho sono, a solidão desperta-me e não me deixa ser vencido por este cansaço 
que teima em me acompanhar.
Talvez não seja físico, talvez seja, ou talvez não.
Talvez seja esta minha incerteza de tudo o que me rodeia, de mim próprio que não me encontro, 
mas também já não me procuro mais.
Converso comigo mesmo, em silencio, temos longos diálogos, diálogos que não assumo como pensamentos, mas como desvaneios duma alma que se esqueceu das suas origens, dos seus feitos, e que em determinada altura arrancou as suas raízes secas, porque o chão onde se encontravam estava já sem vida, nada mais tinha para oferecer....apenas pó!
Não sei mais onde ir, mil voltas dou pelos mesmos trajectos da vida, o ponto de partida é sempre o meu ultimo destino...e por vezes termina de novo no ponto de partida!
Suspiro, e o ar fresco da noite que sinto entrar, por segundos refresca-me o corpo, mas não a mente...essa ferve como um vulcão ainda não adormecido!
Procuro o infinito, olhar alem, 
perder a minha visão na escuridão...
Procuro aconchego, onde repousar.
Estou cansado, mais um dia sem significado, sem sentido...
Estendo-me sobre o chão frio e inicio um novo dialogo, esperando que um de mim próprio adormeça e que o outro termine a minha historia...de vida!"

By ƤΔỮŁØ ₣€ŘŇΔŇĐ€Ş

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