20/10/2013

Cinquenta e nove minutos



Cinquenta e nove minutos, às vezes, parece muito mais que uma hora depois que você vai embora, deixando um corpo acordado e teso por entre os lençóis.
 O tempo passa depressa demais para quem não tem pressa de sentir a sua emoção, calor, prazer, paixão travestida de alegorias e adereços que me colocam no cabresto para sua diversão.
 Eu peço sempre mais um segundo, pois é difícil perder o mundo como água que escorre entre os dedos, causam frescor, desejo, mas tem destino certo no meu chão.
 A cada minuto a pele se manifesta, não tenho mais controle sobre dentes e boca, pernas se abrem, roupas se rasgam, braços abraçam e unhas nos marcam, 
trilhas, caminhos...
 eu não quero estar sozinho.
 Soma as horas comigo, quero dias de alegria, meses sem sentir a cama fria, anos da sua vida, quero a sua companhia, esse amor, dentro de mim.

μαπclει διlνα

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